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Poesia 2361 – Uma dúzia fragmentada



I
Tenho pressa em viver.
Preciso viver depressão...

II
Os fantasmas voltaram
Me acordaram
E agora não me deixam dormir.
E meu lado bom?
Ninguém vê meu lado bom?

III
Um cachorro grita com outro:
- Faça!
O outro responde:
- Faça!
Briga de vira-latas...

IV
Estudando Letras
Percebo o quanto perdi
Ganhando
Em Matemática
Direito e Nutrição
Ou apenas em Eletroeletrônica
Os quais nunca terminei.

E ainda falta Psicologia...

V
Nunca mais bebi decentemente.
Leia-se “muito”.
Acho que minha verdadeira musa
É a cerveja...

VI
O que?
Como?
Por quê?
Para quê?
Onde?
Quando?
Quantos?
Quais?
Conheço todas as perguntas...

VII
O cérebro (alma?)
Me pede:
- Fale sobre você!
Simples:
- Sou um livro.

No último capítulo...

VIII
A vida me conta histórias
Muitas tristes
Muito tristes:
- Valdir
Luciano
Toninho.
Será que queriam assistir à Copa?

IX
“Agora só vou gostar de quem gosta de mim...”
Boa música
Para se decorar bem alto...

X
Decidi!
Formado em Letras
Vou lecionar à beira-mar.
Concurso municipal?
Velhinho professor esperando a aposentadoria
“Vendo a lua beijar o mar quando vai se deitar...”

XI
Agora está tão tarde
Que já está cedo...

XII
Meus demônios dormem
E eu não?
Vamos tentar:
- Um carneirinho, dois carneirinhos, três...

Zzzzzzzzz...

JORGE LEITE DE SIQUEIRA
 

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