Me
chame de louco
Não
tô nem aí
Talvez
seja mesmo
Mas
sou livre
E
feliz
Apesar
de pensar tanto.
Por
que sou louco?
Digo-lhe
agora
A
última loucura que fiz.
Sabe
girassol?
Aquela
flor.
Aquela
semente.
Sabe?
Pois
é, fui ao supermercado
E
comprei
Um
saquinho de meio quilo
Delas,
das sementes.
E
daí?
Daí
que vim pra casa
Jogando
pelo caminho
Andarilhando.
Pela
praça
Pelo
canteiro
Pelas
ruas
Pelos
caminhos de terra
Pela
beira da estrada.
Pra
quê?
Porque
sou louco
E
livro
E
posso fazer isso
E
fazer o que eu quiser
Seja
jogar sementes de girassol
Seja
andar pelado na rua.
Sou
louco.
Eu
posso.
E
anteontem choveu.
E
ontem choveu também.
E
hoje choveu de novo.
E
daí?
Daí
que daqui há alguns dias
Eu
terei girassóis na praça
E
no caminho de terra
E
na beira da estra
E
no canteiro
E
nas ruas.
Amarelando
a cidade.
Colorindo
a cidade.
Alegrando
a cidade.
Por
quê?
Pra
quê?
Pra
nada.
Só
porque sou louco.
E
livre.
E
posso...
JORGE
LEITE DE SIQUEIRA
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