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Poesia 2319 – Mais fragmentos



1)

A vida é poesia.
Quando Nei Matogrosso canta
Me canta
Me encanta.
A vida é poesia.
Quando algumas linhas escritas no passado
Repercutem em meu cérebro
Renascendo-se das cinzas em mim
Alguém que não conheço
Ainda.
A vida é poesia.
Quando espirro
E o som que escuto
Parece-se com o estampido da arma
Utópica
Em mim.
A vida é poesia.
Quando a gente quer...

2)

Ouço seu canto, gaivota,
Chamando-me
De volta
Para o sal do mar.
Ouço seu canto, gaivota,
Pedindo-me
O pouso
Final
Ao seu lado.
Ouço seu canto, gaivota,
Mas sou covarde...

3)

Gaivota.
Pena de gaivota
Levada pelo vento
Como eu
Sou eu
Levado pelas tempestades...

4)

Barco encalhado
Na beira do mar
Na areia
Que não vira
Nem zarpa
Pois falta vento
Um sopro
Bem leve
Que o leve...

Sou um barco encalhado...

5)

E ele voou!
Pulou do sétimo andar
Vinte metros de altura
E virou finado.

6)

Ecoem os sinos!
Há esperança ainda!
Vi um carro verde...

Ainda não amadureceu?
E ficou cinza...

7)

Que pena!
Os carros de Limeira
Principalmente os novos
Principalmente os grandes
Principalmente os caros
Não têm setas!
Como comprar um carro sem seta?

Ou seriam os motoristas os burros?
Não!
Carroças, não...

8)

Por falar em setas
Segui-o
Era um carro escuro
Que andava devagar
Dava preferência a todos
Só não a mim
De motocicleta, atrás...

Parou.
Virou.
Entrou.
Eu ia xingar: dá a seta!
Calei-me!
Dom Juan de Somera!
Era o diretor de trânsito...

9)

Chove, chuva.
Venha
Cair sobre as motos
Encharcar as roupas dos pilotos
Levantar o óleo das estradas
Dar emoção em cada curva
Porque
Em cada para-choque de moto
Bate um coração
Circula sangue
E é duro como osso...

10)

Não sei mais o que sei.
Sei
Que não devia saber
O que sei.
A ignorância é uma bênção...

11)

Sonhei.
Pesadelo.
Tinha o demônio
O tinhoso
Que era assustador...

Não me lembro do sonho
Do pesadelo.
Lembro-me do susto.
Não tinha medo
Não é incrível?
Até fui ao banheiro quando acordei
Assustado...

No escuro...

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