1)
A
vida é poesia.
Quando
Nei Matogrosso canta
Me
canta
Me
encanta.
A
vida é poesia.
Quando
algumas linhas escritas no passado
Repercutem
em meu cérebro
Renascendo-se
das cinzas em mim
Alguém
que não conheço
Ainda.
A
vida é poesia.
Quando
espirro
E
o som que escuto
Parece-se
com o estampido da arma
Utópica
Em
mim.
A
vida é poesia.
Quando
a gente quer...
2)
Ouço
seu canto, gaivota,
Chamando-me
De
volta
Para
o sal do mar.
Ouço
seu canto, gaivota,
Pedindo-me
O
pouso
Final
Ao
seu lado.
Ouço
seu canto, gaivota,
Mas
sou covarde...
3)
Gaivota.
Pena
de gaivota
Levada
pelo vento
Como
eu
Sou
eu
Levado
pelas tempestades...
4)
Barco
encalhado
Na
beira do mar
Na
areia
Que
não vira
Nem
zarpa
Pois
falta vento
Um
sopro
Bem
leve
Que
o leve...
Sou
um barco encalhado...
5)
E
ele voou!
Pulou
do sétimo andar
Vinte
metros de altura
E
virou finado.
6)
Ecoem
os sinos!
Há
esperança ainda!
Vi
um carro verde...
Ainda
não amadureceu?
E
ficou cinza...
7)
Que
pena!
Os
carros de Limeira
Principalmente
os novos
Principalmente
os grandes
Principalmente
os caros
Não
têm setas!
Como
comprar um carro sem seta?
Ou
seriam os motoristas os burros?
Não!
Carroças,
não...
8)
Por
falar em setas
Segui-o
Era
um carro escuro
Que
andava devagar
Dava
preferência a todos
Só
não a mim
De
motocicleta, atrás...
Parou.
Virou.
Entrou.
Eu
ia xingar: dá a seta!
Calei-me!
Dom
Juan de Somera!
Era
o diretor de trânsito...
9)
Chove,
chuva.
Venha
Cair
sobre as motos
Encharcar
as roupas dos pilotos
Levantar
o óleo das estradas
Dar
emoção em cada curva
Porque
Em
cada para-choque de moto
Bate
um coração
Circula
sangue
E
é duro como osso...
10)
Não
sei mais o que sei.
Sei
Que
não devia saber
O
que sei.
A
ignorância é uma bênção...
11)
Sonhei.
Pesadelo.
Tinha
o demônio
O
tinhoso
Que
era assustador...
Não
me lembro do sonho
Do
pesadelo.
Lembro-me
do susto.
Não
tinha medo
Não
é incrível?
Até
fui ao banheiro quando acordei
Assustado...
No
escuro...
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