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Poesia 2318 – Fragmentos




1)

O umbigo é feio.
A orelha é estranha.
O nariz é esquisito.
Nem vou falar do ânus...

E somos tão belos
Mesmo com tanta assimetria...

2)

São coisas da vida.
O nascimento
A morte
A vida.
São coisas da vida.
A busca incessante
De algo
Que ninguém sabe o que é.
Chamam a busca
De
Felicidade...

3)

Quarenta e oito anos.
A velhice chegou
E os cuidados
De mãos dadas...

Câncer de próstata?
Não!
Mas fazer o exame?
Não!

Cara a cara
Doutor Israel
Triste
Fico com pena...

Ficou rico
Enfiando dedos
Em cu de homens...

A minha vida é melhor...

PS. Ainda continuo virgem: optei pelo PSA...

4)

Palavras.
Fogo
Que arde sem se ver
Amor
Que arde sem se ver
Vento
Que não arde nem se vê
Chuva
Que não arde e se vê...

Cada palavra esquisita...

5)

Abafado.
Vem a chuva
E desabafa:
- Não aguentava mais!
É todo mundo dizendo que me ama
Que voltei...

Mas não vai ficar...

6)

Ouvi: o tempo está mais rápido!
Está
Sinto na pele
Nos olhos
Nas rugas.
Está?
Então por que não mudam?
E passam a contar o ano
Com onze meses?

7)

Atenção!
Tenho a declarar
Que não me inspiro mais
Em nada.
Agora
Só me inspiro
Em tudo...

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