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Poesia 133 - Quando...


Quando eu tive dezoito anos
A vida, sem me avisar,
Começou a controlar o meu destino...
Colocou maldade,
Sentimentos conflitantes,
Necessidades ululantes...
Trabalho, sexo, amores,
Mulheres e ambientes,
Razões e emoções...

Hoje, depois de tanto tempo
Como na parábola que conto,
Não acho que fiz o que era certo...

Devia ter vivido meus sonhos,
Ter ido morar numa praia...
Venderia artesanato,
Comeria pão com cogumelo,
E nunca deixaria de ser poeta...

Aprenderia a curtir o momento,
Sem o estresse do amanha...
Fugiria da necessidade de ser o que sou,
Ou o que não sou,
Apenas o que querem que eu seja...

Hoje, as vidas de meus filhos estão nas minhas mãos...
Posso fazer como meu pai,
Dando condições educacionais e profissionais,
Para um arrependimento futuro,
E reclamar da não realização dos sonhos...

Ou dar a realização dos sonhos
A mudança para a praia,
E esperar a cobrança:
Era o meu sonho ou o deles...?

Cada dia que eu vivo,
Incertezas me cercam mais e mais.
Cada dia que passa
As dúvidas me incomodam.
Cada dia que chega
Me traz a necessidade de mudanças...

Perdoem-me, meus filhos,
Mas, entre a dúvida de sonhos realizados,
E a certeza de uma vida social mesquinha,
Vou arriscar na primeira opção...

Maxaranguape me terá,
E levarei vocês comigo.
Pescaremos para comer,
Sentiremos a natureza bem perto,
Viveremos um dia de cada vez...
Viveremos o presente,
Sem cobrar o que passou, o que ficou,
Sem esperar o que vem, o que não chegou...

E podem ter certeza,
Que quando eu vir um sorriso no rosto de vocês,
Eu saberei que escolhi o caminho certo:
O caminho dos sonhos...

(Autor: Jorge Leite de Siqueira)

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