Quando
eu tive dezoito anos
A
vida, sem me avisar,
Começou
a controlar o meu destino...
Colocou
maldade,
Sentimentos
conflitantes,
Necessidades
ululantes...
Trabalho,
sexo, amores,
Mulheres
e ambientes,
Razões
e emoções...
Hoje,
depois de tanto tempo
Como
na parábola que conto,
Não
acho que fiz o que era certo...
Devia
ter vivido meus sonhos,
Ter
ido morar numa praia...
Venderia
artesanato,
Comeria
pão com cogumelo,
E
nunca deixaria de ser poeta...
Aprenderia
a curtir o momento,
Sem
o estresse do amanha...
Fugiria
da necessidade de ser o que sou,
Ou
o que não sou,
Apenas
o que querem que eu seja...
Hoje,
as vidas de meus filhos estão nas minhas mãos...
Posso
fazer como meu pai,
Dando
condições educacionais e profissionais,
Para
um arrependimento futuro,
E
reclamar da não realização dos sonhos...
Ou
dar a realização dos sonhos
A
mudança para a praia,
E
esperar a cobrança:
Era
o meu sonho ou o deles...?
Cada
dia que eu vivo,
Incertezas
me cercam mais e mais.
Cada
dia que passa
As
dúvidas me incomodam.
Cada
dia que chega
Me
traz a necessidade de mudanças...
Perdoem-me,
meus filhos,
Mas,
entre a dúvida de sonhos realizados,
E
a certeza de uma vida social mesquinha,
Vou
arriscar na primeira opção...
Maxaranguape
me terá,
E
levarei vocês comigo.
Pescaremos
para comer,
Sentiremos
a natureza bem perto,
Viveremos
um dia de cada vez...
Viveremos
o presente,
Sem
cobrar o que passou, o que ficou,
Sem
esperar o que vem, o que não chegou...
E
podem ter certeza,
Que
quando eu vir um sorriso no rosto de vocês,
Eu
saberei que escolhi o caminho certo:
O
caminho dos sonhos...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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