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Poesia 132 - Eu vou embora


A gente nasce,
Cresce e quando tudo parece perfeito,
Vem a morte
E acaba com tudo...

Às vezes me sinto
Como um boi no matadouro:
Apenas esperando minha hora...

Que pode ser agora,
Daqui a pouco,
Ou daqui a cem anos...

Como será minha morte?
Uma doença incurável,
Ou apenas serei atropelado como um cachorro vadio...
Serei cremado
Ou serei jogado no rio?
Ou talvez ficarei na rua
Com carros passando por cima
Até que não sobre muita coisa
Apenas uma marca de sangue no chão...

Que insignificante a minha vida.
Tudo acontecendo de forma incorreta,
Contradizendo minhas vontades...

Às vezes me lembro do Cazuza
E de suas mensagens.
Também me sinto uma cobaia, Cazuza...
Quando tudo parece estar caminhando para um resultado
Alguém manipula as coisas e tudo muda,
Tudo dá errado...

E num círculo vicioso,
Tudo volta ao início,
Menos o tempo que tenho na Terra...
O tempo passa, tudo igual,
Menos as minhas rugas...

Tento refazer, tento corrigir,
O tempo passando
Eu continuo errando...
Sinto que meus dias se esvaem
E não os terei de volta.
Por isso vou embora,
E não chore por mim...

(Autor: Jorge Leite de Siqueira)

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