A
gente nasce,
Cresce
e quando tudo parece perfeito,
Vem
a morte
E
acaba com tudo...
Às
vezes me sinto
Como
um boi no matadouro:
Apenas
esperando minha hora...
Que
pode ser agora,
Daqui
a pouco,
Ou
daqui a cem anos...
Como
será minha morte?
Uma
doença incurável,
Ou
apenas serei atropelado como um cachorro vadio...
Serei
cremado
Ou
serei jogado no rio?
Ou
talvez ficarei na rua
Com
carros passando por cima
Até
que não sobre muita coisa
Apenas
uma marca de sangue no chão...
Que
insignificante a minha vida.
Tudo
acontecendo de forma incorreta,
Contradizendo
minhas vontades...
Às
vezes me lembro do Cazuza
E
de suas mensagens.
Também
me sinto uma cobaia, Cazuza...
Quando
tudo parece estar caminhando para um resultado
Alguém
manipula as coisas e tudo muda,
Tudo
dá errado...
E
num círculo vicioso,
Tudo
volta ao início,
Menos
o tempo que tenho na Terra...
O
tempo passa, tudo igual,
Menos
as minhas rugas...
Tento
refazer, tento corrigir,
O
tempo passando
Eu
continuo errando...
Sinto
que meus dias se esvaem
E
não os terei de volta.
Por
isso vou embora,
E
não chore por mim...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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