Minha
vida é um copo d´água,
Numa
comparação infame, mas compreensível.
Cheio,
transbordante,
Amigos,
família, parentes, todos querem beber,
Degustar
do meu sabor...
Vazio,
seco, miserável,
Somem
todos em busca de gotas de outros potes...
Pela
metade, uns me acham acomodado,
De
bem com a vida,
Sorridente
e alegre...
Outros
acham que estou triste,
Meu
semblante fechado, assustador...
Alguns
ainda me confundem
Dizem
que a água está estragada
Que
a água virou vinho,
Pinga,
ou algo semelhante...
Dessa
forma, ninguém pode beber e não se embriagar.
Alguns
se embriagam e grudam, querendo mais,
Outros,
mais bêbados, caem, se afastam,
Mas
voltam, querendo mais...
No
final das contas, realmente sou um copo,
Mas
não de água, apenas e puramente,
Sou
apenas um copo...
Coloque
o que quiser e beberás o que derramar em mim:
A
água do amor, conforme sua paixão,
A
pinga do ódio, conforme seu rancor...
Sou
um copo, mas tenho reflexos,
E
meu reflexo é você espelhado em meu vidro,
Onde
apenas devolvo o que me dás para beber...
Sou
cristal para alguns, que sabem usar,
E
sou madeira para outros, que sempre me derrubam.
Mas,
principalmente, tento ser ouro para alguns,
Que
merecem meu valor,
Pois
também são taças douradas,
Da
mais pura bondade e amor...
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