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Poesia 102 – Vida de bruxo


Os bruxos são sozinhos,
Vivem sozinhos
E acabam sempre, sozinhos...

Não podem se apegar a pessoas
E tê-las, pelo resto da vida, ao seu lado,
Como todos os humanos normais...

Valorizam e cultuam o sexo,
O corpo, a expressão sensual...

Importam-se com a natureza,
Com a lua e com a noite...

Aproximam-se dos fenômenos naturais
Da chuva, dos raios e relâmpagos...

Afastam-se de pessoas negativas
Interesseiras e perturbadas...

Como um bruxo, vivo no mundo.
Meus dias são longos,
Às vezes, as noites também...

Meus minutos são diferentes:
Às vezes, demoram para passar,
Mas, quando passam rápido
É normal pra mim também...

Minha idade não importa.
Tenho quarenta ou quatrocentos
O tempo de existência não influencia
Em minhas atitudes
E meus compromissos...

Minha experiência é inexistente
Pois como um bruxo
Não penso no futuro...

Meus bens materiais de nada importam
Pois não sei onde estarei amanhã,
E nada levarei comigo, se mudar...

Como um bruxo, vivo no mundo,
Sem sentido, sem rumo,
Seguindo sinais,
Que me mostram o momento certo de estar

E o de ir...

Quase sempre erro na interpretação
Pois, como um bruxo, sou o máximo,
Mas, como humano, sou um lixo...

Não consigo interpretar os sinais
E me confundo com as decisões...

Às vezes, acerto,
Quase sempre erro...

Quem está na mira, sai ferido.
Nos meus rastros, destruição,
Psicológica e material...

Preciso crescer,
Sair da adolescência,
Ganhar dinheiro e ser rico.
Abandonar minha vida de bruxo,
Encontrar alguém e ser feliz...

Como num conto de fadas,
Lindo e maravilhoso,
Mas, irreal...

Pareço um bruxo,
Mas, sinto muito falar isso:
Não sou bruxo, sou normal...

(Autor: Jorge Leite de Siqueira)

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