Os bruxos são sozinhos,
Vivem sozinhos
E acabam sempre,
sozinhos...
Não podem se apegar a
pessoas
E tê-las, pelo resto
da vida, ao seu lado,
Como todos os humanos
normais...
Valorizam e cultuam o
sexo,
O corpo, a expressão
sensual...
Importam-se com a
natureza,
Com a lua e com a
noite...
Aproximam-se dos
fenômenos naturais
Da chuva, dos raios e
relâmpagos...
Afastam-se de pessoas
negativas
Interesseiras e
perturbadas...
Como um bruxo, vivo no
mundo.
Meus dias são longos,
Às vezes, as noites
também...
Meus minutos são
diferentes:
Às vezes, demoram para
passar,
Mas, quando passam
rápido
É normal pra mim
também...
Minha idade não
importa.
Tenho quarenta ou
quatrocentos
O tempo de existência
não influencia
Em minhas atitudes
E meus compromissos...
Minha experiência é
inexistente
Pois como um bruxo
Não penso no futuro...
Meus bens materiais de
nada importam
Pois não sei onde
estarei amanhã,
E nada levarei comigo,
se mudar...
Como um bruxo, vivo no
mundo,
Sem sentido, sem rumo,
Seguindo sinais,
Que me mostram o
momento certo de estar
E o de ir...
Quase sempre erro na
interpretação
Pois, como um bruxo,
sou o máximo,
Mas, como humano, sou
um lixo...
Não consigo
interpretar os sinais
E me confundo com as
decisões...
Às vezes, acerto,
Quase sempre erro...
Quem está na mira, sai
ferido.
Nos meus rastros,
destruição,
Psicológica e
material...
Preciso crescer,
Sair da adolescência,
Ganhar dinheiro e ser
rico.
Abandonar minha vida de
bruxo,
Encontrar alguém e ser
feliz...
Como num conto de
fadas,
Lindo e maravilhoso,
Mas, irreal...
Pareço um bruxo,
Mas, sinto muito falar
isso:
Não sou bruxo, sou
normal...
(Autor: Jorge Leite de
Siqueira)
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