Sinto
frio
Quando
não me abraças
Quando
te afastas e nem me escutas
Quando
me deixas em solidão...
Sinto
frio
Quando
não me entendes
Quando
reclamas
Quando
me ignoras
Fechando
seus olhos,
Seus
ouvidos, sua alma...
Sinto
frio
Sempre
que vais
Para
o braço de outro alguém
Que
te sugas, como um morcego,
Um
vampiro ou um Drácula,
Esvaindo
sua energia
Que
seria minha...
Sinto
frio
Em
te imaginar em outros braços
Em
saber que beijas outro
Em
saber que não ficarás comigo
Como
combinamos um dia
Há
muito tempo atrás...
Sinto
frio
O
frio que Deus me deu
O
frio que tenho dentro de mim
Na
forma de uma muralha
Inquebrável,
intransponível,
Na
qual bates com teu martelinho
Tirando
lascas, fazendo rachaduras...
E
quando me sinto esquentando
Chega
novamente o inverno
E
palavras, como raios gelados,
Consertam
as rachaduras
Refazem
os buracos que tirastes com tanto trabalho
E
eu volto a ser geladeira
E
eu volto a ter frio...
Eu
ainda sinto frio...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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