Sua
nudez incomoda meus traumas,
Incomoda
o machismo que trago em meu ego,
Incomoda
a responsabilidade pelo compromisso,
Incomoda
a contradição entre o bem e o mal...
Ah,
se todos tivessem a sua pureza
E
não considerassem sua nudez como uma coisa vulgar
E
sim uma expressão de amor...
Ah,
se todos tivessem a sua pureza
E
não tivessem a malícia que eu tenho
A
ponto de não entender
O
prazer em se mostrar para tantos
E
desejar apenas a mim...
A
contradição, mais uma vez...
A
contradição entre o amor e o ódio
A
pureza e a malícia
A
certeza e a dúvida...
Até
que ponto tu és verdadeira?
Até
que ponto tu és pura?
Até
que ponto falas o que pensas?
Será
que sou tão puritano a ponto de perder a noção do bom senso?
Será
que sou tão radical a ponto de não aceitar tamanha exposição?
Será
que sou tão ridículo a ponto de acreditar na inteligência como um dom superior
à sensualidade?
Sou
normal, tenho certeza.
E
tenho sentimentos
Apesar
de divergências...
Amor
e o ódio
Felicidade
e a tristeza
Querer
e negar
Ter
e te perder...
Divergem
entre dar e receber...
No
momento nego
Com
forças, até à morte...
Amanhã
posso reconsiderar.
E
me crucificarem...
Mas,
Neste
momento,
Entre
a lágrima e o sangue
Prefiro
a lágrima...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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