As
nuvens hoje estão tão baixas
Chegam
a cobrir as colinas.
Meus
olhos se esforçam para enxergar além do horizonte
E
conseguir discernir o que vem voando no céu
Como
um avião, como um pássaro...
As
nuvens estão baixas
Combinam
com meu estado de espírito
Meus
olhos te procuram
Não
consigo te achar na multidão
Meu
corpo não responde aos meus chamados...
As
nuvens estão baixas hoje
O
sol não me atinge,
Sinto
frio, muito frio...
Onde
você está que não me abraça?
Onde
você está que não me socorre?
As
nuvens estão tão baixas, como ontem...
Aliás,
as nuvens sempre estão baixas em minha vida
E
são nuvens negras
Nuvens
que assustam a quem se aproxima
E
te sinto voando, chegando, tentando,
Mas
as nuvens estão tão baixas...
As
nuvens sobem e abaixam constantemente
Mas
nunca vão embora...
A
colina da minha vida nunca mais recebeu raios de sol
Apenas
as gotas da chuva
O
que não deixa de ser uma coisa boa
Se
eu não estivesse com tanto frio...
As
nuvens abaixam e sobem
Mas
meu frio continua...
Vejo
sua sombra, seu perfil,
Se
aproxima mas não encosta
Tenta
transpor a nuvem negra, os raios negros,
Mas
sua força é incapaz de rasgar a escuridão...
As
nuvens abaixam mais e mais
E
eu sinto mais frio
Um
frio no coração...
Apesar
de querer calor
Sei
que não luto pra isso
E
a fogueira está se consumindo
E
sei que terei mais frio
Enquanto
as nuvens estiverem baixas...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário