Como
é fácil fugir de tudo.
Apenas
viro as costas e sigo andando.
Muitas
vezes nem olho para trás...
Poderia
ver uma lágrima...
Como
é fácil estragar tudo
Com
uma simples palavra
Com
um simples gesto...
Minha
vida é um castelo de areia na praia violenta,
Um
castelo de cartas num vendaval,
Um
castelo de gelo no deserto...
Talvez
seja um sonho de palavras
Que
não tem rimas nem nexo
Palavras
sem sentido, sem lógica,
Em
uma língua desconhecida
De
um dicionário inexistente...
Seria
eu um extraterrestre?
Com
um cérebro em outro formato?
Com
neurônios mutantes?
Com
dez corações no peito,
Pulmões
e fígado duros,
Feitos
todos de rocha inquebrável?
Sim,
sou um ET...
Sozinho
em um planeta desconhecido
Onde
todos falam igual e não entendo nada
E
não consigo ser entendido...
Estou
sozinho
Entre
milhões de humanos
Entre
trilhões de animais
Entre
zilhões de insetos
Entre
uma eternidade de esperança...
Esperança
De
que um dia encontre outro ET
Com
orelhas iguais às minhas
Com
olhos que vejam iguais.
Que
ande sempre comigo
Trilhe
o mesmo caminho
De
mãos dadas...
E
com o propósito de sempre seguir em frente.
Assim
não estarei sozinho.
Nunca
mais sozinho...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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