Um dia
Alguém vai
ler
(pela
manhã)
O que
escrevi à noite.
Meu corpo
estará endurecido
Meu
coração estará parado
E minhas
palavras
(escritas)
Serão
minha vida
Minha
presença
Naquela
manhã
Que pode
ser hoje
Ou
amanhã...
Meu medo
É não ser
nada mais
Que um
corpo
Rijo
Ao
amanhecer.
Sem uma
palavra ao lado
Sem uma
reclamação
Sem um
verso poético
Sem uma
expressão de alegria
Sem a pura
tristeza que carrego comigo...
Mas hoje,
hoje não.
É noite
E escrevi
Pois se
for minha última noite
Quem vier
me buscar
(daqui a
pouco)
Vai saber
que pensei nela
E deixei
um beijo
Carinhoso
Para todos
os que me esqueceram.
Inclusive
você...
JORGE LEITE DE SIQUEIRA
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