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Poesia 2592 - Colapso

No caixão
O corpo imóvel
Espera alguém dar a ordem final:
- Levem-no.

Inerte
Nada pode fazer.

Agora
Só julgamentos
Divinos e humanos.

Imitadores
Vestimos ternos e gravatas
Vestidos e saias
Aventais e macacões.

Imitadores
Ficamos inertes
Esperando o colapso.

Também sou assim.
Inerte
Espero a imobilidade completa.
Inerte
Vou levando a vida.
Inerte
A vida me leva...

JORGE LEITE DE SIQUEIRA
 

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