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Poesia 2131 – Andarilho insignificante


Um prato de comida?
Quero sim...

Ela foi buscar...

Lá de dentro a escuto me chamar.
Pede para eu ir para a cozinha...

Que jardim!
Grama verde bem cuidada
Um play ground infantil
A piscina lá no fundo...

Desvio-me de tantos brinquedos...

Chego à cozinha.
Meu Deus, que cozinha!
Eletrodomésticos modernos
Brancos, inox, limpeza,
Tanto brilho me assusta...

Entre! Não tenha medo!
Ela manda
Não pede...

Eu tenho medo do luxo...

Pego o prato de comida
Como rapidamente
Estou me sentindo no habitat errado
Quero fugir...

Ela não me deixa sair por onde entrei
Quase me obriga a conhecer sua casa...

Quadros famosos no corredor
Televisor enorme na sala
Videogame de última geração...

Eu saio pela porta
Passo longe dos carros importados
Afasto-me da moto Harley-Davidson...

Quase correndo saio pelo portão.
Agradeço
Sigo em frente...

Penso nos motivos que ela teria para me esnobar.
Penso nos motivos que ela teria para me deixar insignificante.
Não encontro nenhum...

Acho que ela se parecia com minha ex...



(Autor: Jorge Leite de Siqueira)

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