Meus
olhos dilatam te vendo, ó lua,
Sinto
vontade de gritar...
Sinto
meus pêlos crescendo,
Meu
nariz muda por si só.
As
orelhas crescem,
Estou
te vendo, ó lua,
Nesta
sexta-feira santamente imaculada...
Ó
lua, não posso mais gritar,
Agora
só saem grunhidos,
Consigo
apenas uivar para ti...
Que
fome de carne,
Que
sede de sangue, ó lua,
Vou
subir a montanha e ficar perto de ti,
Para
alcançar tua pureza...
Não
ando como homem,
Corro
como um animal,
Um
animal homem,
Um
lobo, um homem,
Lobisomem...
Lua
cheia,
Sexta-feira,
Santa...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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