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Poesia 77 – Maxaranguape



Não me pergunte o porquê
Da escolha deste lugar,
A esquina do continente...

Rio Grande do Norte
Acima de Natal
Praia e rio se misturam
Peixes vêm e vão se confundindo
Já não sabem se são de água doce ou salgada...

Da mesma forma,
Este é o meu futuro...

Não tenho ambições, será isto errado?
Quero vender poesias aos turistas
Que visitarem este lugar:
- Fiz agora, amigo, é apenas um real.

E quando tiver algum,
Vou comprar comida,
Pra mim, pra minha companheira,
E para meus treze filhos
Que acabaram de chegar da pescaria
E trouxeram ótimos peixes
Que já vamos assar...

Os tijolos empilhados,
As brasas no meio,
O quintal da minha pequena casa.
As árvores que seguram nossas redes
Fazendo sombra na minha alma
E feliz meu coração...

Qual a próxima conta?
Não sei, sei lá...
Nem quero saber e tenho raiva de quem perguntar.

- Tenho que costurar a bolsa
A que levo os gnomos,
E por falar em gnomos, olha lá como está...

- Já estão bons.
O biscuit já secou e podemos vender.
Hoje vamos juntos, amor?

Não importa se não vendermos tudo
Porque se vendermos vamos ter que fazer mais
E não é o que quero fazer agora.

Você só faz o que quer
E eu só faço o que quero...

- Chama o Daniel, manda pegar minha sandália,
Aquela que fiz com pneu,
E que o Igor tava usando ontem...

Não precisa camisa,
Apenas a bermuda, os gnomos e os papeis,
Hoje estou inspirado,
Quero falar de amor, de paz e de natureza,
Molhando os pés na água do mar,
Pegando em sua mão,
E andar...

Não sei para onde, nem quando voltarei,
Mas, Maxaranguape será meu lugar
Meu ponto de partida,
O início do sonho,
A realizar,
Dia a dia,
Aos poucos,
E sempre...

(Autor: Jorge Leite de Siqueira)

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