Não
me pergunte o porquê
Da
escolha deste lugar,
A
esquina do continente...
Rio
Grande do Norte
Acima
de Natal
Praia
e rio se misturam
Peixes
vêm e vão se confundindo
Já
não sabem se são de água doce ou salgada...
Da
mesma forma,
Este
é o meu futuro...
Não
tenho ambições, será isto errado?
Quero
vender poesias aos turistas
Que
visitarem este lugar:
-
Fiz agora, amigo, é apenas um real.
E
quando tiver algum,
Vou
comprar comida,
Pra
mim, pra minha companheira,
E
para meus treze filhos
Que
acabaram de chegar da pescaria
E
trouxeram ótimos peixes
Que
já vamos assar...
Os
tijolos empilhados,
As
brasas no meio,
O
quintal da minha pequena casa.
As
árvores que seguram nossas redes
Fazendo
sombra na minha alma
E
feliz meu coração...
Qual
a próxima conta?
Não
sei, sei lá...
Nem
quero saber e tenho raiva de quem perguntar.
-
Tenho que costurar a bolsa
A
que levo os gnomos,
E
por falar em gnomos, olha lá como está...
-
Já estão bons.
O
biscuit já secou e podemos vender.
Hoje
vamos juntos, amor?
Não
importa se não vendermos tudo
Porque
se vendermos vamos ter que fazer mais
E
não é o que quero fazer agora.
Você
só faz o que quer
E
eu só faço o que quero...
-
Chama o Daniel, manda pegar minha sandália,
Aquela
que fiz com pneu,
E
que o Igor tava usando ontem...
Não
precisa camisa,
Apenas
a bermuda, os gnomos e os papeis,
Hoje
estou inspirado,
Quero
falar de amor, de paz e de natureza,
Molhando
os pés na água do mar,
Pegando
em sua mão,
E
andar...
Não
sei para onde, nem quando voltarei,
Mas,
Maxaranguape será meu lugar
Meu
ponto de partida,
O
início do sonho,
A
realizar,
Dia
a dia,
Aos
poucos,
E
sempre...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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