O
rapaz passou
A
enfermeira olha pra ele
Ele
não se identifica, está sério...
Ela,
não consegue perguntar nada,
Nem
nome, nem o que ele pretende.
Invade
a recepção,
Sem
identificação,
Sem
palavras nem comentários...
Segue
o corredor, a enfermeira atrás,
Curiosa,
Onde
será que ele vai?
Ele
anda, ela segue...
Anda,
não olha pra trás,
Apenas
anda...
A
sirene da emergência toca
Ela
precisa voltar
Chega
alguém na ambulância...
Ela
tem dúvidas:
Deixar
ele seguir
Ou
chamá-lo e pedir explicações...?
A
ambulância encosta
Ela
precisa decidir...
Ela
decide e volta para a recepção,
O
rapaz segue seu caminho
Corredor
adentro...
A
ambulância encosta
O
motorista desce, rapidamente,
“Acidente”,
ele comenta,
“Óbito”,
se escuta quando abre a porta do carro,
“Mais
um”, ela pensa, enquanto puxa a maca...
O
susto, o arrepio:
Aquele
rosto, aquela camisa, aquela calça,
Já
eram conhecidos pra ela...
Há
alguns minutos
Aquele
mesmo rapaz havia chegado ao hospital
E
seguia pelo corredor
Em
direção ao necrotério: o espírito chegou antes...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário