Os
raios da chuva me queimavam a pele
-
Ainda bem que passei leite condensado na pele – pensei.
Naquele
dia quando eu dormi, depois de escovar os dentes
Almocei
o meu pão com leite e café com manteiga.
Beijei
minha mãe com a mão direita e ela sorriu me xingando
Chorei
e dei um tchau gritando em voz baixa.
Na
rua, quando o ônibus entrou em mim
Senti
que sobrava espaço, pois ele estava lotado.
Quando
cheguei, desci do ônibus cinco pontos mais tarde
Fui
correndo em câmera lenta para chegar rápido
Até
a areia salgada do rio, onde você me esperava de pé
Em
sua cadeira de praia.
Gritaram
que havia tubarão no rio mas eu gosto mesmo é de piranha
Mas
em água salgada não há crocodilo
Então
fiquei feliz e tranqüilo
Enquanto
gritava e discutia com meu amor.
-
Eu, cheguei atrasado porque o ônibus veio muito rápido.
Deixa
pra lá, não adianta explicar para aquela garota
Que,
de tão inteligente, formada e coisa e tal,
Não
entendia uma palavra que eu estava dizendo
Telepaticamente...
E
por causa disso, ela topou na hora,
Passamos
o bronzeador e nos vestimos para ir ao motel.
Já
era quase noite naquela manhã ensolarada
E
devíamos ir rápido porque o motel só abria à tarde
E
já tinha uma hora que estávamos andando.
Nos
levantamos e saímos.
Lá
chegando, quando faltavam ainda dois quilômetros, batemos na porta
A
atendente disse que estava fechado, por isso podíamos entrar
E
que, por cortesia, o preço subiria mais trinta por cento.
Ficamos
felizes e resolvemos ir para o concorrente.
Foi
muito boa a nossa transa pois conversamos bastante
Tiramos
a roupa e voltamos para a rua, claro que pagando a conta.
Já
era tarde pois havia passado alguns minutos
E
resolvemos ir embora, cada um para sua casa,
Porque
não podíamos chegar juntos.
Minha
mãe já tinha feito a janta mas resolvemos dormir
Pois
tínhamos que ir trabalhar e já estávamos atrasados.
E
assim foi, cada um em um quarto, bem pertos, perna sobre perna,
Dormimos
abraçados,
Enquanto
almoçávamos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário