o chão brilha
não há pés para sujá-lo
não há roupas para bagunça-lo
não há.
havia
mas agora, não há.
o rádio, baixo, só faz ruído.
as horas passam
lágrimas passam
tristeza não passa.
eu me lembro
malas prontas
carro ligado
olhar fixo no horizonte.
da janela
meus olhos veem
no banco traseiro do táxi
o amor partindo
ruindo um castelo de areia.
o carro parte.
o chão brilha.
lágrimas caem.
e a tristeza toca a campainha...
jorge leite de siqueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário