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Poesia 2217 – Em câmera lenta


1

Ansioso
Tremendo
O poeta fecha os olhos...

E vê...

O rio corria em sua mente
A espuma subia
A água batia nas pedras...

Em câmera lenta...

Não havia céu
Não havia verde
Não havia vida...

Havia lentidão
Contando os dias
Calculando rugas...

O poeta perdia tempo...

2

De olhos fechados
O poeta vê a vida passar...

Em câmera lenta...

Ondas tocam a praia
Gaivotas voam
Pescadores jogam redes
Crianças correm
Mulheres sorriem
Homens bebem...

Em câmera lenta...

O sonho some
A vida acaba
A morte chega...

De olhos fechados...

Á lagrima cai
A tristeza aumenta
Coração pára...

Rapidamente...

3

O poeta está calmo.
Mudo, surdo,
Eternamente...

O poeta não pensa mais...

O poeta é levado
Seis alças
Um esquife...

Ninguém percebe
Mas o poeta sorri.
Finalmente...

E eternamente...



(Autor: Jorge Leite de Siqueira)

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