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Poesia 118 - Natureza viva


Ah, natureza...
Cantada em versos majestosos
Onde sempre a elogiamos
Mas quando se trata da realidade
Tudo é história, tudo é ficção...

Primeiro, tomamos o que é teu
Cortamos árvores, construímos asfaltos,
Depois invadimos,
Com casas sobre o leito do rio,
Outdoors em tuas matas...

Ah, natureza...
Como brincamos contigo...

Mas, como Deus faz tudo certo,
Dá o direito a ti, natureza,
De retomar o que é teu...

Venha como enchente,
Venha como furacão...
Retire os fios de postes que te amedrontam
Pois cada casa iluminada
É um Homem pronto para destruir...

Venha como um furacão e nos assuste...
Quebre os galhos das árvores que plantamos
Conforme a nossa vontade, não a tua,
Nos lugares que nós queremos...
Esquecemos de pedir tua autorização, oh natureza...

Derrube os outdoors no chão
Apague a propaganda do progresso
O avanço, a evolução...

Oh, natureza, nos perdoe...
Perdoe nossa ignorância
Em achar que somos superiores a ti...
Perdoe-nos e permita-nos recomeçar
E desta vez
Nos ensine a fazer melhor...

Reconstruir, sim,
Mas pensando em ti, oh natureza,
Sem te incomodar...

Progresso, sim,
Mas com respeito à natureza...

(Autor: Jorge Leite de Siqueira)

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