E os
poetas dizem
Que é uma
dor forte
Lá no
fundo do peito.
Eu digo
que é liberdade.
Ser livre
É ser
sozinho.
Ser
sozinho é ser livre...
Não
importa.
Enfiei a
mão lá dentro
No fundo
Bem no
fundo
E te
arranquei.
Como quem
arranca ervas daninhas...
No começo
Devagar
Bem
devagar
Fui te
puxando para não doer tanto.
Depois
Mais
rápido
Mão cheia
Aos montes
Tirei-te
de mim
Lá de
dentro
E te
joguei ao vento.
Agora sou
livre.
Não
Não sou
feliz
Isso é
outra coisa.
No momento
estou péssimo
Triste
Perdido.
Mas me
sinto livre.
Livre de
amor
De dor
De sofrer.
Livre de
sentimentos.
Terra
estéril!
Aqui nunca
mais nasce nada.
Nunca!
Prometo
nunca mais plantar nada.
Nem ódio
Nem amor.
Nunca mais
vou sentir nada.
Nunca mais
vou sofrer.
Nem ser
feliz?
É.
Dessa vez
foi forte.
Doeu
muito.
Muito.
Mas, nunca
mais vai doer.
Nunca
mais!
Nunca mais
passo por isso.
Nunca mais
quero amar...
JORGE LEITE DE SIQUEIRA
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