A madrugada se arrasta.
De olhos vermelhos
Saio ao quintal.
Encaro a lua
Clamo aos anjos de paz
Que me dêem sono
E tranqüilizem meus demônios
Que me atormentam
E não me deixam dormir...
Abro o portão.
Saio à rua
Sento no meio-fio
Solitário.
Nem os cachorros me acompanham.
Espero os ponteiros rodar
E o sol aparecer.
Afastarão meus medos...
Ando pelas ruas.
Não encontro bêbedos
Nem ladrões.
Apenas os morcegos aparecem...
Volto à casa.
Volto à cama.
Volto à insônia...
E a madrugada continua a se arrastar...
(Autor: Jorge Leite de Siqueira)
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